Aula Inaugural 21.08.2018
Marxismo, Marxismos...
Esta disciplina do Programa de Pós Graduação (desde 2012.2, já em seis edições na FACED/UFBA), reivindica o marxismo como uma teoria sobre a possibilidade do conhecimento a ser seriamente considerada nas investigações científicas a que se dispõe (ou deveria se dispor) a Universidade. Em especial – em tempos de predomínio da confusão teórica trazida pela pós-modernidade – esta disciplina reivindica o marxismo para aquelas disciplinas que têm como objeto a educação! Ela surge da necessidade de aprofundar e sistematizar estudos – no dialogo com os orientandos e demais estudantes de pós-graduação – com o fim de reconhecer, rigorosamente, o legado do marxismo quando está em questão a pergunta pela possibilidade do conhecimento e, com ele, a pergunta pela possibilidade e o critério de verdade. Noutras palavras, reconhecemos como necessidade vital investigar como o marxismo enfrenta o problema de produzir uma teoria do conhecimento que evidencia a viabilidade de alcançar e conhecer a verdade.
Mas qual o movimento necessário para conhecer a teoria do conhecimento que entendemos encontrar-se no cerne do marxismo? Aqui, entendemos que atender ao chamado de Marx quanto a “pensar por sua (nossa) própria conta” (MARX, 1989, p. 4) nos seja mais proveitoso. Nesta direção, é a leitura direta das obras dos clássicos do marxismo a que, nesta disciplina, estamos sendo chamados. Cientes de que Marx suprime uma “introdução geral” à “Contribuição à crítica da economia política”, por entender que “antecipar conclusões do que é preciso demonstrar em primeiro lugar é pouco correto” MARX, 1977, p. 23) e que “Não há estrada real para a ciência, e só tem probabilidade de chegar a seus cimos luminosos, aqueles que enfrentam a canseira para galgá-los por veredas abruptas” (MARX, 1989, p. 19), escolhemos estudar o método de investigação e de exposição na própria obra dos nossos clássicos.
Aqui, ao longo dos anos, temos nos deparado com algumas dificuldades: (1) uma subestimação dos problemas que a expressão “marxismo” envolve, quanto a uma imensa diversidade no interior de uma unidade aparente; (2) o risco do ecletismo no campo do marxismo, quando a volumosa obra que reivindica o marxismo é absorvida desprezando os diversos troncos e filiações em que esta obra se desenvolve; (3) uma forte tendência a resolver o problema da teoria do conhecimento pelos caminhos mais curtos e aparentemente mais fáceis, quando a comunidade acadêmica opta por buscar a unidade do marxismo nos manuais e intérpretes do método como caminhos facilitadores para o ensinar e apreender; (4) a quase inexistência de textos produzidos por Marx e Engels acerca do caminho para o conhecimento dos objetos de suas investigações, e a trabalheira que envolve buscar esta teoria numa incursão direta nas obras dos dois autores; (5) a volumosa obra dos pais do marxismo, escrita em sua maioria em alemão, que nos obriga a trabalhar com as traduções e edições em português, espanhol ou inglês, nos inserindo obrigatória e desavisadamente nos problemas das traduções.
Enfrentar estas dificuldades exigiu de nós delimitações, que almejamos cuidadosamente pontuar nesta aula inaugural, definindo o caminho que vamos percorrer neste semestre.
Marxismo, Marxismos:
Em dezembro de 1997, José Paulo Netto foi chamado pelo HISTEDBR/FE/UNICAMP a proferir conferência na mesa redonda “Questões teórico-metodológicas da história”, durante o IV Seminário Nacional de Estudos e Pesquisas “História, Sociedade e Educação no Brasil” que teve como tema central “O debate teórico-metodológico na história e sua importância para a pesquisa educacional”. A conferência que José Paulo profere tem o título “Relendo a teoria marxista da história” e traz duas importantes considerações introdutórias que almejo recuperar nesta aula que inaugura nossa trajetória e estudos conjuntos. Primeiro, José Paulo defende que “[...] não é a preparação teórico-metodológica que garante o êxito da pesquisa ou da investigação, mas “[...] a riqueza cultural do sujeito que pesquisa”. Sentencia: “Investigador ignorante, pesquisa estreita. Investigador rico, resultados fecundos e instigantes”. Na segunda consideração, José Paulo afirma que está “[...] convencido de que nunca existiu essa tiragem quimicamente pura, ideologicamente pura, teoricamente pura, - o marxismo” assim como de que “também não existe uma teoria marxista da história”. Explica que “o que se convencionou designar como marxismo”, é um compósito campo teórico-cultural, teórico-político, onde convivem e se entrecruzam e frequentemente colidem e se chocam, variadas correntes intelectuais e práticas interventivas”. Por esta razão, não há uma, mas variadas “teorias marxistas da história, em maior ou menor escala, vinculadas às distintas correntes do pensamento marxista”. Paulo Netto defende que “o reconhecimento dessa pluralidade de concepções teóricas é um imperativo posto pela análise da realidade do desenvolvimento da tradição teórica fundada por Marx” (PAULO NETTO, 2000, p. 51-53).
Não é por acaso, que as obra que almejam conhecer a história e os processos do marxismo são densas e volumosas. Não se trata apenas de mapear este ou aquele intelectual que fundou, reivindicou e desenvolveu o marxismo, mas, em perspectiva, marxista, trata-se de falar dos problemas do tempo que estes homens reconheceram e investigaram!
É assim que a História do Marxismo, organizada pelo historiador Erick Hobsbawm, abrange doze fascículos, retratando quatro grandes ciclos: I. O marxismo no tempo de Marx – Volume único (HOBSBAWM, 1983); II. O marxismo na época da segunda internacional – três partes divulgadas em três volumes (2, 3 e 4) sem subtítulos (HOBSBAWM, 1982; HOBSBAEM, 1984; HOBSBAWM, 1984); III. O marxismo da terceira internacional – organizado em seis volumes, (5) “A revolução de outubro e o austromarxismo” (HOBSBAEM, 1987); (6) “Da internacional comunista de 1919 às frentes populares” (HOBSBAWM, 1987); (7) “A URSS da construção do socialismo ao stalinismo” (HOBSBAEM, 1987); (8) “O novo capitalismo, o imperialismo, o terceiro mundo (HOBSBAWM, 1985); (9) “Problemas da cultura e da ideologia” (HOBSBAWM, 1986); (10) “De Gramsci à crise do Stalinismo” (HOBSBAWM, 1987); IV. O marxismo hoje – organizado em dois volumes (11 e 12).
Perry Anderson, em Considerações sobre o Marxismo Ocidental, expõe a necessidade e os problemas de produzir “coordenadas gerais do “marxismo ocidental” enquanto tradição intelectual comum”, defendendo que “um balanço histórico da unidade do marxismo ocidental não afasta a necessidade de avaliações discriminadas da diversidade de realizações produzidas em seu interior” (ANDERSON, 1989). Neste balanço, a partir das condições conjunturais nas quais vai desenvolver-se o marxismo, o autor identifica uma “Tradição Clássica” e um agrupamento que nomina de “Marxismo Ocidental” que aqui nos interessa citar aligeiradamente com o fim de pontuar a abrangência e a diversidade daquilo a que nos referimos quando reclamamos o “marxismo”:
A partir de 1999, circula no Brasil, publicada pela Fundação Perseu Abramo, a obra organizada por Michel Löwy O marxismo na América Latina: uma antologia de 1909 aos dias atuais. Lowy destaca de partida que “um século de teoria e prática do marxismo em todo o continente não pode ser resumida em algumas dezenas de páginas”, estabelecendo-se nesta obras “apenas”, alguns “pontos de referência para o estudo da evolução do pensamento marxista na América Latina, com ênfase na questão da natureza da revolução” (LOWY, 2006, p. 9). Destaca que os desenvolvimentos do marxismo na América Latina ocorrem em três períodos: (1) período revolucionário (1920-1930); (2) período stalinista (1930-1959); (3) período revolucionário (após Revolução Cubana) (LOWY, 2006, p. 9-10). Frente ao problema “de como aplicar o marxismo à realidade brasileira”, Lowy localiza duas grandes correntes: o excepcionalismo indo-americano, que “tende a absolutizar a especificidade da América Latina e de sua cultura, história ou estrutura social” e que “levado às suas últimas consequências, [...] acaba por colocar em questão o próprio marxismo como teoria exclusivamente europeia” – que tem na APRA Aliança Popular Revolucionária “o exemplo mais significativo dessa abordagem” (LOWY, 2006, p. 10); e o eurocentrismo, “[...] uma teoria que se limita a transplantar mecanicamente para a América Latina os modelos de desenvolvimento socioeconômico que explicam a evolução histórica da Europa ao longo do século XIX”. Por este caminho, “a estrutura agrária do continente foi classificada como feudal, a burguesia local considerada como progressista, ou memso revolucionária, o campesinato definido como hostil ao socialismo coletivista etc.”, levando a que “toda a especificidade da América Latina” fosse “implícita ou explicitamente negada”. Ambas as correntes levam à conclusão “de que o socialismo não está na ordem do dia na América Latina” (LOWY, 2006, p. 10-11). Defende que apenas a “aplicaçãoo criativa do marxismo à realidade latino-americana” possibilita a superação “dessas duas tendências e do dilema entre um particularismo hipostasiado e um dogmatismo universalista”. Os pensadores que compartilham essa última posição “chega justamente à conclusão oposta: a revolução na América Latina será socialista ou não será” (LOWY, 2006, p. 12-13). No apanhar destes debates, Michael Lowy levanta como autores marxistas Caio Prado Júnior, Sergio Bagú, Marcelo Segall, Mariátegui, Che Guevara, André Gunder Frank, Luis Vitale, Diego Rivera, Hugo Blanco, Ricardo Ramirez, Juan B. Justo (não marxista, mas tradutor de O Capital para o espanhol, Argentina, 1865-1928), Luis Emilio Recabarren (Chile, 1876-1924), Julio Antonio Mella (1902-1929), Haya de la Torre, José Martí, José Carlos Mariátegui (1894-1930), Vitóro Codovilla (1894-1970), Augustin Farrabundo Martí (1893-1932), Mario Zapata, Miguel Mármol, Luís Carlos Prestes (1898-1990), Aníbal Ponce (1889-1938), entre outros cujo pensamento a América Latina necessita conhecer e considerar, encontrando-se esta tarefa entre as pendências que reconhecemos urgentes.
Um levantamento semelhante da História do Marxismo no Brasil, organizado por João Quartim de Moraes, Daniel Aarão Reis Filho, Marcos Del Roio e Marcelo Ridenti, resulta (até onde conheço) em seis volumes: I. O impacto das revoluções (MORAES e REIS Filho, 2003); II. Os influxos teóricos (MORAES, 1995); III. Teorias. Interpretações (MORAES, 1998); IV. Visões do Brasil (MORAES, DEL ROIO, 2000); V. Partidos e organizações dos anos 20 aos 30 (RIDENTI e REIS FILHO, 2002); VI. Partidos e movimentos após os anos 1960 (RIDENTI e AARÃO REIS, 2007).
Será muito interessante levantar os problemas sobre os quais os intelectuais até aqui pontuados se debruçaram e os deslocamentos teóricos que vão promover no processo de desenvolvimento do marxismo a partir das demandas objetivas em relação com as conjunturas nas quais se movimentaram. Esta é uma lacuna que adiamos momentaneamente reconhecendo a necessidade do seu enfrentamento. Por hora, cabe ter claro a diversidade de intelectuais e teorias que se movimentam no interior daquilo que reconhecemos como “marxismo”, e sequer nos referimos a intelectuais de peso (no exterior e no Brasil) que propagam suas posições em nosso tempo.
A opção pela tradição clássica e o pensamento originário de Marx e Engels
Esta diversidade reconhecida, ainda que advoguemos uma unidade que, vimos, é contestada, demanda muito cuidado no aprofundamentos dos estudos do marxismo. Acrescemos a preocupação de que a reivindicação do marxismo se faça a partir do conhecimento das obras, do pensamento e da conjuntura na qual Marx e Engels deflagraram o desenvolvimento deste referencial. Nesta perspectiva, trata-se de enfrentar dois importantes conjuntos de problemas: (a) encontrar referencias seguras que, de um lado, nos auxiliem no estudo da conjuntura e dos problemas que levaram Marx e Engels a posicionarem-se em cada uma das obras produzidas, movimento que, simultaneamente nos obriga ao (b) estudo de cada uma das obras que vão produzindo na juventude para apanhar o tempo na perspectiva em que os próprios Marx e Engels o leram. Tem sido exatamente este o desafio que temos enfrentado desde 2003/2004: conhecer o marxismo originário no movimento do próprio marxismo originário (Projeto Pressupostos...).
Este movimento, entretanto, nos tem limitado em alguns importantes aspectos que necessitamos destacar: 1. na formação dos pós-graduandos, priorizamos sempre o estudo das principais obras de juventude, especialmente as produzidas em conjunto por Marx e Engels, avançando na medida do possível até alguns capítulos de “O Capital” – aqui, o foco tem sido, especialmente, evidenciar os principais aspectos do materialismo dialético que Marx e Engels fundaram conjuntamente; 2. Este movimento, frequentemente, comprometeu o estudo das obras e do pensamento do Engels que vão desenvolver-se apenas após os anos 70 – e destacamos desde já que refutamos a tese do “segundo violino” – apenas em 2017 conseguimos desenvolver uma disciplina exclusivamente dedicada ao pensamento deste fundador do marxismo; 3. Até hoje, não fizemos uma incursão disciplinada pelos Grundrisse, não encontramos uma edição completa e acessível da correspondência de Marx e Engels e, especialmente, não fizemos um estudo de conjunto de “O Capital” – o que tem comprometido a visão de conjunto do marxismo originário; e, por fim, não conseguimos realizar uma incursão pelo marxismo de forma mais ampla, nem apanhando a tradição clássica e muito menos a tradição ocidental.
Todas estas considerações evidenciam o quão pretensiosa é a referencia ao “marxismo” que encontra-se registrada no nome desta disciplina.
É por esta razão que cabe precisar: (1) que é ao marxismo fundador que nos referimos em nossos estudos; (2) que avançamos significativamente no entendimento das tradições com as quais Marx e Engels estão rompendo na primeira metade do século XIX, no âmbito do idealismo alemão, do socialismo utópico e da economia política inglesa em um duplo movimento de leitura direta das obras de Marx e Engels daquele período e da produção de José Adriano Barata Moura a que tivemos acesso durante o Pós-Doutoramento na Universidade de Lisboa; (3) que neste semestre, avançaremos para um estudo regular e disciplinado da teoria do conhecimento que Marx está pondo em movimento no processo de investigações e exposição de O Capital; (4) por fim, cumpre destacar que, mais que nunca, faz-se necessário retomar o método da crítica da economia política para uma adequada crítica das condições objetivas nas quais vivemos e a partir das quais são traçadas as políticas econômicas no seio das quais move-se toda a perspectiva de futuro que venhamos a ter.
O Capital
A necessidade dos estudos para a produção de “O Capital” estão colocadas já nos anos 40, nas obras escritas pelo jovem Engels “Esboço de uma crítica de economia política” (ENGELS, 1844) e “A situação da classe trabalhadora na Inglaterra” (ENGELS, 1845) e nos estudos de Marx registrados nos “Manuscritos Econômico-filosóficos de 1844” (MARX, 1844). A teoria que fundamenta toda a crítica do idealismo presente na filosofia, no socialismo utópico e na economia política burguesa encontra-se completada com “A Sagrada Família” (MARX e ENGELS, 1845), “A ideologia alemã” (MARX e ENGELS, 1845/1846) e “Miséria da Filosofia” (MARX, 1847). Em 1859, Marx escreve o Prefácio à Crítica da Economia Política no qual expõe em síntese “à conclusão de que as relações jurídicas – assim como as formas de Estado – não podem ser compreendidas por si mesmas, nem pela dita evolução geral do espírito humano, inserindo-se, pelo contrário nas condições materiais de existência” – “Não é a consciência dos homens que determina o seu ser; é o seu ser social que, inversamente, determina a sua consciência” – “é preciso explicar a consciência pelas contradições da vida material” (MARX, 1859). A centralidade da produção da existência desenvolvida nos anos 40, é reafirmada como o locus da busca das determinações realmente relevantes para o conhecimento daquilo que é a forma de ser social.
Após 25 anos de trabalho, em 16 de agosto de 1867, Marx comunica a Engels a conclusão da correção das provas do primeiro volume de “O Capital”, e a obra aparece conclusa em 14 de setembro de 1867, com mil exemplares. Em vida, os lucros da obra sequer cobriram as despesas do tabaco que Marx fumou ao compor a sua obra (MARX, BIOGRAFIA AVANTE, 1983, p. 430). Os intelectuais burgueses fizeram sobre a obra um pacto de silêncio, e foi entre os operários e na Internacional que garantiu-se sua disseminação e divulgação pelo mundo (BIOGRAFIA AVANTE, 1983, p. 430).
Neste segundo semestre de 2018, vamos pela primeira vez dedicar-nos ao estudo do método de investigação e de exposição de Marx em “O Capital”, no próprio movimento de apropriação da obra dos revolucionários que (i) produziram/apropriaram o método para o estudo da produção da existência em diferentes épocas e (ii) desvelaram as leis do desenvolvimento da sociedade moderna. O Programa que apresentamos a seguir expõe o caminho que escolhemos para a realização deste estudo.
O Programa:
Foco e objetivos:
Estudo da concepção materialista e dialética da história enquanto teoria do conhecimento posta em movimento e desenvolvida na obra “O Capital: Crítica da Economia Política. Livro 1 – O Processo de Produção do Capital”.
Referências:
ANDERSON, Perry. Considerações sobre o marxismo ocidental. São Paulo: Brasiliense, 1989.
BARATA-MOURA. Filosofia em O Capital: uma aproximação. Lisboa: Avante, 2013.
HOBSBAWM, Eric. História do Marxismo (Volume 1 a 12). Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983.
INSTITUTO DE MARXISMO-LENININISMO – CC PCUS. Biografia Karl Marx. Lisbo: Avante; Progresso: Moscov, 1983.
LOWY, Michael (Org.) O marxismo na América Latina: uma antologia de 1909 aos dias atuais. São Paulo: Perseu Abramo, 1999.
MARX, K. O Capital: Crítica da Economia Política. Livro 1 – O Processo de Produção do Capital. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira/Bertrand Brasil/Difel, 1989.
MORAES, João Quartim et al. (Org). História do Marxismo no Brasil (6 Volumes). Campinas: UNICAMP, 2003.
PAULO NETTO, Jose’. Relendo a teoria marxista da história. In: SAVIANI, Dermeval; LOMBARDI, José Claudinei; SANFELICE, José Luís. História e História da educação –o debate teórico-metodológico atual. Campinas; Autores Associados, 2000. P. 50-64.
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