1. Abro a fala destacando o apoio à greve dos técnico-administrativos e pelo fim do genocídio do povo palestino! Não é guerra, é genocídio!! Toda a solidariedade aos colegas que estão lutando com as consequências da COVID 19.
2. O Governo Lula se mostra um Governo a serviço do Grande Capital! Não podemos confundir a origem operária e sindical do Presidente com a forma efetiva como vem sendo conduzido o governo e a política econômica! Até aqui o governo privilegiou a aliança com centrão e vem retirando recursos fundamentais para as políticas sociais (recursos retirados da saúde, educação [particularmente bolsas para estudantes do ensino superior num momento grave de evasão na IES] e programas como minha casa minha vida, PAC e Defesa Civil), remanejando cerca de 53 bilhões para emendas parlamentares e 5 bilhões para o fundo eleitoral [que beneficia principalmente organizações como o PL e o próprio PT).
3. A prioridade no pagamento dos juros em detrimento do bolsa família evidencia a gravidade do comprometimento do fundo público com os interesses dos grandes capitais. Não avançamos na revogação das reformas trabalhista e previdenciária e a reforma administrativa está em curso [O índice de contratos precários na educação básica (Ensino Médio) em todo o país já alcança a média de 40%] aguardando apenas o golpe final!
4. É neste contexto que o Governo (após meses de negociação) anuncia reposição 0% de perdas inflacionárias para categorias que amargam perdas acumuladas acima dos 22% pactuado pela bancada sindical que está negociando com o Governo.
5. A luta pela Educação Pública e pela Universidade Pública exige o trabalho de reorganização da classe trabalhadora. Dados de 09/2023 informavam a existência de cerca de 19 milhões de sindicalizados em 16 Centrais Sindicais quando a população estimada de trabalhadores empregados é de um pouco mais de 100 milhões subordinado a vários tipos de contratos. É urgente mover a classe trabalhadora para a organizações classistas em direção à organização para a luta e a defesa dos direitos, mas não fazemos isto acuados em defesa de um governo que não consegue combater os ataques aos trabalhadores!
6. A presença determinante do setor privado da educação na condução das políticas educacionais – garantindo o desvio das verbas públicas para o setor privado – exige que ultrapassemos os limites dos espaços institucionais como a CONAE e o FNE e avancemos para a organização de um polo classista em defesa da educação pública pela reconstituição da CONEDEPE e construção do IV Encontro Nacional da Educação sob condução dos trabalhadores da educação.
7. Pressionada pela sobrecarga de trabalho, pela retirada de direitos e pelo arrocho salarial, a classe trabalhadora está caindo no colo das ideologias da prosperidade, incapaz de reconhecer as diferenças entre a direita e a esquerda que ser perde subordinada às políticas neoliberais. Não superaremos o avanço da direita permanecendo em estado de espera! Esta atitude fortalece a direita e compromete o futuro da classe trabalhadora!
8. A greve é um instrumento de luta a que os trabalhadores recorrem quando suas demandas são ignoradas! Os sucessivos cortes no orçamento, a editalização dos recursos para a pesquisa e a extensão, o corte nos recursos de acesso e permanência às Universidades, a carreira profundamente desigual e 0% de reposição de perdas salariais são indicativos de descaso com a Universidade Pública! Anunciar aumento de auxílio alimentação e auxílio saúde, não atende as demandas de uma categoria com parcelas que já não conseguem pagar planos de saúde. Se o governo não nos ouve e não nos atende, nos resta a greve! Por isto 600 professores representativos de 86 AD’s reunidos no Congresso do ANDES -SN majoritariamente gritaram GREVE JÁ! Que a APUB envie observadores para a reunião do Setor das IF que ocorrerá no dia 22/03.
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